O tenente do Corpo de Bombeiros Abnildo Ribeiro da Silva considera que o grande número de veículos, especialmente motos, que circulam pelas ruas de Cáceres, juntamente com a falta de sinalização, fazem com que a cidade tenha um trânsito complicado. “Mas, mais que isso, o que traz mais complicação é a falta de conscientização dos motoristas”. O ofical fez a afirmação ao apresentar as estatísticas das ocorrências registradas nos últimos quatro meses pelo Corpo de Bombeiros. As estatísticas se referem a ocorrênccias de acidentes de trânsito, onde o bombeiro atua no atendimento pré-hospitalar. Em julho, 22% dos 63 acidentes registrados, envolveram automóveis, 50% motos, 19% atropelamento a ciclista e 7% atropelamento a pedestre. Desse total, 41% foram provocados por homens e 22% por mulheres. O horário das 16 às 21 horas registrou o maior número de ocorrências. De julho a setembro, o número cresceu. Em agosto, foram 66 acidentes e em setembro, 72. Em outubro o número caiu para 65, sendo 12,3% com carros (8 acidentes); 70,7% com motos(46 acidentes), 7,64% referente a atropelamento a ciclista (5 acidentes) e 9,23% de atropelamento a pedestre (6 acidentes). O número de ocorrências de atendimento a acidentes envolvendo motos continua sendo o de maior incidência. Não estão inseridas na estatística atendimento a ocorrências de outra natureza. Para o oifical, a estatítica mostra um quadro preocupante. E ele volta a frisar a questão da conscientização do motorista, da necessidade da prática da direção defensiva tão ensinada nos cursos preparatórios. “O que acontece é que, mesmo aprendendo quando faz a auto-escola, ele (o motorista) sai de lá, adquire sua CNH e não pratica a teoria que aprendeu. Ele não exerce sua cidadania no trânsito. Se exercesse, teríamos uma mudança radical nesse quadro”. O Corpo de Bombeiros de Cáceres atende por dia de 9 a 12 ocorrências, sendo 70% delas relativas a acidentes de trânsito. E registra diariamente inúmeras chamadas que são trotes, praticados na maioria das vezes por crianças, que ligam de orelhões de bairros e escolas. O pico desse tipo de chamada ocorre em horários de intervalos e saídas de aulas. “Quando fazemos palestras educativas nas escolas, divulgamos o número 193, para chamadas de emergência, e as crianças usam o número para trotes. É realmente uma questão de conscientização. Quem passa trotes está cometendo um crime, com pena de 1 a 3 anos de detenção e multa, conforme o artigo 266 do Código Penal Brasileiro. E está colocando em risco a vida de muita gente. O 193 deve ser usado somente para chamadas de emergência”-conclui o oficial. Notícia Postada em 10/11/2009 ANUNCIANTES